domingo, 23 de novembro de 2008

Um bocadinho de sofrimento fútil!

É fútil mas é real, existe e deixa-me triste. Digamos que se elas não tivessem aparecido eu seria bem mais feliz. Feliz aqui significa não ter de pensar nelas, nem no pós-parto, nem em como irão ficar, nem em cirurgias milaborantes nem em cremes milagrosos que infelizmente não existem, snif snif!

Elas, as estrias (pois claro) resolveram aparecer. Tudo corria tão bem, gorda mas feliz, barriguda mas lisinha, até que, numa noite fria, fui ao wc, olhei por acaso ao espelho para esta barrigona e VI!!!!!!!!!!! Elas, abaixo do umbigo...e eu a aproximar-me mais do espelho, para ver bem (não fosse alucinação) e a tentar sossegar a minha tristeza pensando "são só 2!"...pois pois, agora já não são 2, snif snif...tem uma pessoa tanto cuidado e logo eu que nunca tive tendência para tal coisa, juro que pensei que não teria problemas, mas ainda assim não quis pagar para ver e besuntei-me com cremes de todas as marcas e feitios durante 8 meses para agora...

Agora ando a misturar o creme com óleo de amêndoas doces: ponho um pouco de creme num recipiente de plástico, junto o óleo, misturo tudo e coloco pelo corpo. Já sei que não vai dar em nada, mas sempre me dá esperança que não apareçam mais.

E ninguém me compreende, o namorado diz que não quer saber, que gosta de mim de qualquer maneira (mau era), mas eu é que não gosto mesmo nada. Às vezes não me sinto minimamente preparada para enfrentar o meu corpinho ao espelho no pós-parto. Medo!

Já agora mamãs experientes digam-me, que tipo de cinta é melhor? Há tantas marcas, uma com um sistema XPTO, outras mais normais, faixas...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

"Ser má mãe!"

Quando pensei engravidar não sabia nem um décimo do que sei hoje (para o bem e para o mal). Quando engravidei e comecei a frequentar fóruns e blogs fiquei a saber ainda mais (para o bem e para o mal).

Leio em muitos blogs a frase "serei má mãe?" e fico desconcertada, verdadeiramente desconcertada. Não entendo este tipo de dúvidas quando uma mãe se apercebe que não é a super mulher e que falha. Percebo as dúvidas, os receios, o ficar à toa etc, mas a insegurança absoluta de que não são boas mães penso que vem muito pelo que lêem noutros blogs. É que há blogs de uma perfeição impressionante, onde os filhos são o máximo e as mães XPTO!

O amamentar: é verdadeiramente impressionante as vezes que leio mães com vergonha de não darem de mamar. Mais ainda, mães que se justificam e quase pedem perdão a outras mães como se estivessem a quebrar um compromisso de honra ao qual falharam por completo. Tornou-se absolutamente necessário comparar quem dá de mamar mais tempo. Dar de mamar passou a ser um acto obrigatório e quem não o faz, pela pressão pública, sente-se envergonhada e quase que se apresenta em praça pública para que seja justamente linchada pelo pecado que cometeu. Dar de mamar passou a ser um acto fundamentalista e já não há discernimento, deixou de se poder pensar sobre.
Eu pessoalmente não acredito na amamentação depois dos 6 meses. A partir dessa altura dar de mamar passa a ser um acto apenas de ligação com o filho. Mete-me realmente confusão ver miúdos de 2 anos a mamar, mas lá está, é a minha opinião e da mesma forma que não julgo quem o faz (não entendo mas não interfiro) também não permito que julguem a minha forma de pensar.

Desde que engravidei e sempre que passei por um mau bocado sempre ouvi a frase: pensa no teu filho. Pensa em como isso lhe faz mal. Esta semana fui à obstetra e falei-lhe de um ataque de ansiedade que tive e ela respondeu-me o mesmo: "tem de pensar no seu filho". Bom, eu quis ser simpática, mas mais do que isso não quis que o meu filho nascesse na prisão, porque juro estive mesmo para lhe saltar ao pescoço. Saí do consultório sem dizer bom dia, nem até à próxima, engolindo a fúria que esta senhora me deu. É que frases como estas eu dispenso bem, sei que não é por mal, mas por favor um pouco mais de originalidade, um pouco mais de capacidade de perceber que ouvir isso ainda me faz sentir pior. Uma vez uma pessoa sábia disse: "antes de seres mãe és mulher, és uma pessoa!" Mas quando se engravida aos olhos da sociedade nós, as grávidas deixamos de ser gente para passarmos a ser...barrigas, e se caímos no erro de falar do que sentimos somos rotuladas de "más mães". Daí a pressão tão grande que se exerce hoje em dia e que deixa as tais dúvidas. Se dizemos: hoje dói-me a cabeça ouvimos um "ah, mas tens de pensar positivo, tens um bebé dentro de ti"; se dizemos: hoje não estou bem disposta, ouvimos um "ah, pensa no ser que tens a crescer dentro de ti e ficas logo melhor"; se dizemos: dói-me as costas, ouvimos um "é normal, coisas de gravidez"...lá se foi a nossa identidade...já não sou chamada pelo nome próprio para ser chamada por "a grávida".
A gravidez é um estado de graça, já diz o povo, pois para mim nunca foi. A única graça que tem é unicamente por saber o que vem aí, porque de resto, desde o 1º dia que fisicamente e muitas vezes até mentalmente a gravidez teve tudo menos graça. Esta noite por exemplo desesperei, o sono era muito, mas as dores nas costas eram maiores.
A verdade é que temos obrigação de estar sempre a sorrir e se não sorrimos é porque somos "más mães".
Quero ver o que me espera quando o Pedro nascer e eu andar com umas olheiras de meio metro, desesperada porque não entendo a linguagem do bebé. Não acredito que o 1º mês seja de felicidade, a não ser naqueles momentos em que contemplamos o nosso filho a dormir e nos invade uma sensação plena e orgulho.

Vou continuar a pensar em mim. Nada me dá mais orgulho do que olhar para a minha mãe e ver que abdicou com certeza de muita coisa por causa dos filhos, mas nunca dela própria. Orgulho-me de saber que tem vida própria, que é independente.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

32 semanas, 34 ou 35?!?

Hoje fui fazer a que penso ter sido a última ecografia. Pelas minhas contas estaria com 32 semanas e 2 dias, mas este rapaz é enorme. Tem 2kgs e pelo seu belo corpinho tem tamanho de 34 semanas e 2 dias, e tem uma cabeçorra de 35 semanas e 2 dias!

Um bocado enorme, não?!?

Mas está óptimo, o médico diz que tem a carinha igual à mamã :), e eu claro toda babada, embora saiba que é simpatia dele.

Não sei porquê, mas tenho um palpite que o Pedro nasce entre o dia 11 e o dia 20 de Dezembro. Foi sempre um feeling que tive.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sabedoria Popular = MEDO!

Hoje fui fazer a depilação (coisa que já não fazia há 2 meses). Depilação completa, sim porque a ideia de me raparem os pêlos com gilete na altura do parto é algo que não me anima muito, por isso quero ir já preparada. 2 meses sem tirar um pêlo escusado será dizer que a coisa doeuuuuuu! Mas agora sinto-me outra. É impressionante como uma simples depilação pode ter efeitos maravilhosos na auto-estima de uma mulher (ainda mais grávida). Bom, mas o que me levou a arregalar os olhos não foi a dor, foi mesmo o que a esteticista disse...cá vai:

"Está com os lábios inchados, os olhos também, a cara em geral...ter os pés e pernas inchadas é normal, mas a cara é sinal que o parto está quase!"

"Perdão?!? Como é que é?!? Isso é mesmo assim?!?" - perguntei eu incrédula

"Sim - continuou a senhora - pode ser daqui a 1 mês, mas 2 não é de certeza!"

Realmente, ao analisar bem a minha cara reparei que ela inchou e bastante e de repente. Será?!?

Medo! :)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Não paro de engordar

É isto mesmo, não paro de engordar! Em 2 semanas ganhei 2,200kg!!!!! Não sei bem como e até tenho medo porque se isto continua assimmmmmmmm...a 1kg por semana ainda vou engordar mais 9!

Socorroooooo!